Volume de fretes rodoviários cresce 17% no último trimestre de 2023

Segundo dados coletados pela Frete.com, o aumento foi impulsionado principalmente pela movimentação de fretes do agronegócio, que tiveram alta de 21,4%

O volume de fretes rodoviários teve aumento de 17% no quarto trimestre de 2023 no Brasil (Foto: Freepik)

O volume de fretes rodoviários teve aumento de 17% no quarto trimestre de 2023 no Brasil, em comparação ao mesmo período de 2022. Os dados foram coletados pela Frete.com, plataforma online de transporte de cargas.

Entre outubro e dezembro do ano passado, foram publicados mais de 2,8 milhões de fretes na plataforma. Nos mesmos meses de 2022, a empresa teve registro de cerca de 2,4 milhões. O agronegócio puxou a alta no volume de fretes, já que registrou aumento de 21,4% no quarto trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022. O setor representa 34% dos fretes publicados na plataforma.

“O número de fretes vem se mantendo alto em nossa plataforma nos últimos anos, demonstrando que as empresas de transporte estão utilizando cada vez mais da tecnologia para ter mais ganhos. Estamos investindo bastante em segurança, para que tanto empresas quanto motoristas possam desempenhar os seus trabalhos sem se preocupar com fraudes”, destacou Federico Vega, CEO da Frete.com.

SOJA, MILHO E FERTILIZANTES SE DESTACAM.

Segundo os dados levantados — entre os produtos do agronegócio — a soja, milho e fertilizantes foram os que tiveram mais destaque na plataforma. Os fretes da soja cresceram mais de 132% no quarto trimestre de 2023, comparado ao mesmo período de 2022, e representaram 14% dos fretes do agro. Quanto ao milho, o aumento foi de 21,7% com representatividade de 15% na categoria, enquanto os fretes de fertilizantes cresceram 22,2% no quarto trimestre de 2023 e tiveram uma representatividade de 20%.

Os aumentos seguiram as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que previu recorde para a safra de grãos no ano de 2023. É um valor cerca de 18% maior do que o registro de 2022, com quase 50 milhões de toneladas a mais registradas.

Tanto para a soja quanto para o milho as estimativas também foram recordes com 23% de aumento na produção da oleaginosa e 16% de crescimento para o milho. Segundo analistas, o clima favoreceu os resultados, com chuvas no tempo certo e mais investimentos dos produtores.

“Com as estimativas e produções recordes acontecendo, é natural que haja uma necessidade maior de escoamento dos produtos do agro nesses últimos meses do ano. Devido ao volume maior de transportes para serem feitos, as empresas do agronegócio optam cada vez mais por soluções como a da Frete.com, contratando caminhoneiros autônomos por meio da nossa plataforma para realizarem seus fretes com mais eficiência”, afirmou Vega.

INDÚSTRIA E CONSTRUÇÃO.

Depois do agronegócio, os setores de produtos industrializados e da construção civil são os mais representativos na plataforma da Frete.com

Os fretes de produtos industrializados tiveram crescimento de 3,7% no quarto trimestre de 2023, em comparação com 2022. A representatividade na plataforma foi de 25% no período. Já o setor de construção civil registrou um aumento de 55,9% e os fretes da categoria representaram 14% entre os publicados na plataforma da Frete.com nos três últimos meses do ano passado.

FRETES POR ESTADOS.

Puxado pela movimentação de fretes do agronegócio, o Centro-Oeste foi a região que mais teve aumento: 35,5%. De acordo com o levantamento, o Sudeste aparece em seguida, com crescimento de 19,8%, que é onde estão os estados que mais movimentam fretes no Brasil (São Paulo e Minas Gerais). Nordeste teve 8,2% de aumento e o Sul, 3,8%.

O maior aumento no volume de fretes publicados nos três últimos meses de 2023, em comparação com 2022, aconteceu no Mato Grosso, com 79,1%. Minas Gerais também se destaca, com crescimento de 50,9%, seguido pelo Rio de Janeiro, que teve registro de 26,5% de aumento no volume de fretes. Paraná apresentou crescimento de 10,6%, Bahia com 8,9% e Goiás, 7,2%. Em Santa Catarina, o aumento foi de 3,6%, em São Paulo cresceu 3,3% e Pernambuco registrou 2,1% de crescimento no volume de fretes.

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